quarta-feira, 9 de junho de 2010

RITO SUECO

O Rito Sueco é o rito maçônico mais praticado nos países escandinavos (Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia, além da Islândia), e em muita menor escala nos Países Baixos e na Alemanha. Combinado com o Rito Zinnendorf, foi também o rito mais popular na Rússia até meados da Revolução Russa de 1917. É um rito explicitamente cavaleiresco de origem cristã, diretamente emparentado na sua origem com o Rito Escocês Retificado e o Rito Zinnendorf.

História do Rito Sueco

Este rito acha sua origem na reforma da Estrita Observância Templária na segunda metade do século XVII, concretamente a partir de 1759. Por isso, é um rito com sentido profundamente cristão, herdeiro da simbologia Templária. Nivelado ao Rito Escocês – Retificado – R.E.R. e o Rito Zinnendorf. Não se reconhece possuidor da transmissão iniciática Templária, somente de sua simbologia. Assim, em 1759, Carl Fredrik Eckleff estabeleceu que a partir de então, denominar-se-ia Rito Sueco, pleno da simbologia cristã, Templária e trinitaria da Estrita Observância Templária, mas afastando dos elementos alquímicos e herméticos, bem como das pretensões políticas da Ordem. O então Duque Carlos de Sudermania, futuro Rei Carlos XIII da Suécia, seria quem sucederia a Eckleff como líder intelectual da maçonaria sueca, sentando na base moral cristã.

O Duque Carlos foi ao mesmo tempo Grão Mestre da Grande Loja da Suécia, bem como até seu desaparecimento definitivo (1782), Grão Mestre da VII Província da Ordem da Estrita Observância Templária, a província correspondente à Alemanha inferior até o Báltico. Johann Wilhelm Zinnendorf, Grão Mestre da Grande Loja Nacional de Berlim, foi apoiado abertamente pelo futuro Rei da Suécia para consolidar um rito que levaria seu nome, ou seja, o Rito de Rito Zinnendorf. Em 1782, no convento de Wilhelmsbad, o Duque Carlos teria influência importante nas reformas à Estrita Observância Templária, para formar desse modo o Regime Escocês Ratificado na França. Estas são as razões históricas do porque estes ritos serem tão semelhantes.

A partir do reinado de Carlos XIII da Suécia, todos os Reis do país pertenceriam à maçonaria. De igual modo, desde sua fundação até 1997, todos os Grãos Mestres da Grande Loja da Suécia (Svenska Frimurare Ordem) têm pertencido à casa real. Em 1811, o Rei Carlos XIII da Suécia criaria uma ordem civil que levaria seu nome. Esta ordem só se concede a não mais de 33 maçons com o grau XI do Rito Sueco, ultimo grau do rito.

Este rito foi modificado sua estrutura em duas ocasiões, em 1780 e em 1801. Passou a ser um rito praticado dentro da regularidade administrativa exigida pela Grande Loja Unida da Inglaterra. Por isso, a prática do rito exige que seus membros sejam explicitamente cristã, caso contrário é negado a admissão de visitantes não cristãos aos graus capitulares.

Estrutura do Rito Sueco

A estrutura do Rito Sueco está organizada a partir dos onze graus repartidos em três grupos, mais um quarto grau com caráter administrativo. Os dois primeiros grupos estão dedicados aos santos apóstolos Juan e Andrés, enquanto o terceiro denomina-se “Capítulo”. O último grau, o grau XI, está em posse de não mais de 60 maçons, nomeados diretamente pela Grande Loja da Suécia. Os membros deste grau, décimo primeiro, formam o Grande Capítulo do rito, o qual está presidido pelo Rei, o príncipe herdeiro, ou ao segundo varão na linha sucessória ao trono da Suécia. Existe ainda um décimo segundo grau, mas, é exclusivamente administrado pelo Rei da Suécia, ou o varão a mais alto da linhagem da família real.

I - Graus de San Juan

1. Aprendiz
2. Companheiro (Colega)
3. Mestre Maçom ou Mestre de San Juan

II - Graus de San Andrés

4. Mestre Eleito de San Andrés
5. Mestre Escocês ou Mestre de San Andrés
6. Cavaleiro de Oriente ou Novicio

III - Graus capitulares

7. Muito Ilustre Irmão ou Cavaleiro de Ocidente ou Verdadeiro Templário ou Favorito de Salomão
8. Mui Alto e Ilustre Irmão ou Cavaleiro do Sul ou Mestre Templário
9. Irmão Alumiado ou Favorito de San Andrés ou do Cordão Púrpura
10. Irmão da Cruz ou Mui Alumiado

IV - Graus administrativos

11. Mui Alto e Alumiado Irmão. Cavaleiro Comendador da Cruz Vermelha. Grande Dignatário do Grande Capítulo
12. Mestre Reinante. Stathouder, Vicarius Salomonis, Sacrificatus, Iluminatus, Magnus Jeovah

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